Show + Entrevista Laura Petit – Teatro Paiol

Fotos: Vincius Grosbelli

Pra tudo na vida sempre tem a primeira vez, certo?

Então, você ja parou para pensar como deve ser complicado para o artista fazer seu primeiro show? A primeira apresentação…  Pois foi isso que aconteceu ontem aqui no Teatro Paiol em Curitiba. E o “debut” da noite ficou por conta da talentosa Laura Petit.

Laura entrou no palco de um Paiol lotado, enfrentou a platéia com muita simpatia e vai nos contar sobre o que achou disso tudo.

14062015_laura_petit_vinicius_grosbelli_0109-28

[Tudo o que você (ou)vê] Quem é a Laura Petit?
[Laura Petit] No momento, Laura Petit é a pessoa mais realizada do mundo. Hahaha Mas respondendo à pergunta de maneira mais ampla, acho que a Laura Petit é o melhor que eu posso e quero ser. É alguém que olha pras palavras e gosta de brincar com elas, virá-las do avesso e perceber cada cantinho por trás de todas as sílabas e o que elas podem significar. É alguém que vê o som e a música como uma maneira de invadir sem ser invasivo ou agressivo, apesar de intenso. É alguém que procura poesia em tudo, e sabe que quem procura, acha. Talvez eu não tenha certeza de quem é Laura Petit. Acho que ela muda bastante. Mas sei o que quer: tocar.

[Tudo o que você (ou)vê] Quais são suas influências na música?
[LP]Tenho um apreço pela cultura brasileira de uma maneira geral, e isso, evidentemente, transborda para minha musicalidade. Mas acredito que tudo que escuto e gosto, influencia minha música de alguma maneira, mesmo que indiretamente.
Algumas dessas referências são mais fortes e bastante visíveis, ou audíveis, no que produzo. Gosto de mulheres que compõem e cantam e me espelho nelas em alguns aspectos. No momento, e já há algum tempo, minha maior musa é a Céu, que faz um som que não sei nem nomear, o que eu acho uma qualidade incrível. Outro som adorável é o da Bárbara Eugênia, que tem uma doçura com a qual me identifico bastante. E tenho um amor imenso por Arnaldo Antunes, que traz uma beleza única nas palavras mais simples. Busco muito isso nas minhas composições. Tenho ouvido uma boa safra de músicos do norte e nordeste também, um deles é o Felipe Cordeiro, incrível. E escuto muito também os clássicos Novos Baianos, Mutantes, Chico e Caetano. Gosto muito também da levada do reggae e da força do blues e do jazz. Mas é difícil falar hahaha. É o que eu digo, toda música que me toca me influencia. Está tudo nas entrelinhas do meu som.

[Tudo o que você (ou)vê] Como foi a preparação para o show de ontem, escolha de repertório, etc…
[LP] A ideia do show surgiu logo no início do ano, mas começamos a colocá-la em prática por volta do mês de março. Eu já havia gravado meu primeiro EP, “Onde o vento faz a curva”, em 2012, e desde então continuava produzindo, mas pouco divulgava. Quando surgiu a oportunidade de fazer o show, eu tive a sorte de encontrar o Guigo Berger, que produziu o show e o novo EP, e me ajudou com toda a escolha e estruturação do repertório. Foi decidido então que as músicas do show seriam, em sua maioria, composições minhas. Foi ele também que sugeriu a gravação de um novo EP antes do show, e foi aí que surgiu o “Manacá Dente Saudade”, todo produzido paralelamente ao show. Eu e o Guigo garimpamos músicos incríveis, que tinham a ver com o que queríamos fazer e poderiam acrescentar suas assinaturas ao que queríamos produzir. Foi um processo trabalhoso e delicioso. Já me sentia realizada antes mesmo da consumação do trabalho, com o show de ontem. Além disso, fiz um trabalho importantíssimo de preparação de palco com a coreógrafa Lena Corrêa, que me ajudou e fortaleceu muito para essa estreia.

[Tudo o que você (ou)vê]  Ontem o Paiol estava lotado, como foi a sensação de estar lá?
[LP] Foi sem dúvida a melhor sensação que eu já tive. Subir no palco e ver todas as cadeiras ocupadas foi uma surpresa maravilhosa, mas não era só isso. Havia uma energia muito forte ali, e todo mundo fazia parte disso. Eu me senti realmente abraçada pelo teatro, e fiquei muito à vontade pra ser e sentir tudo aquilo que passava por mim. Foi a noite mais especial da minha vida, eu descobri um amor e uma alegria que nunca havia sentido antes. Fiquei muito emocionada antes e durante o show e, na verdade, estou nesse estado até agora. Agradeço muito pela energia de todos que estavam lá. Além dos meus queridos Guigo, Gian, Du, França, Mila, Drew e Neto, que me deram uma força determinante pra eu conseguir subir no palco e fazer tudo que eu fiz. Os músicos realmente se doaram às músicas e àquele palco. Foi tudo uma delícia. A recepção da plateia depois do show também foi muito emocionante e me fez sentir ainda mais realizada.

[Tudo o que você (ou)vê]  Quais seus planos e objetivos a partir de agora?
[LP] Tocar e compor, compor e tocar. É isso que me move, é nisso que eu amo colocar minha energia. O cansaço desse processo de preparação do show e do EP foi maravilhoso. Quero sentir isso sempre. Estou com aquela clássica sensação de missão cumprida, e querendo cumprir muitas outras. O show não pode parar!

Confira abaixo as fotos que o Blog Tudo o que você (ou)vê fez da primeira apresentação da curitibana Laura Petit no Teatro Paiol em Curitiba.

(Para ver a foto ampliada, basta clicar na imagem)

Fotos: Vincius Grosbelli

 

Ficha Técnica:

Produção: Guigo Berger
Músicos: Guigo Berger, Gianlucca Pernechele, Eduardo Rozeira, Gabriel França, Daniel Neto, Pedro Mila, Rodrigo Rocha Drew
Cenografia: Lucas Dias
Iluminação: Lucas Amado
Fotografia: Vinícius Grosbelli
Captação audiovisual: Alexandre Victorino, André Chaves, Guilherme Luchina
Maquiagem: Marina Costa
Cabelo: Patricia Pereira
Coordenação do Teatro: Bete Carlos
Técnico de som:Rogério Bordenowiski
Assistente técnico: Ivan Alexandre Santos
Administrativo: Aladim Bittencourt
Portaria: Reinaldo de Oliveira

Agradecimentos: Lena Corrêa, Rodrigo Fornos e Gabriel Amadeus

 

Comente!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.