Lançamento “Tudo Que Não Quero Falar Sobre Amor” + Entrevista com Estrela Leminski e Téo Ruiz

Em mais uma entrevista especial, o Blog Tudo o Que Você conversou com o casal Estrela Leminski e Téo Ruiz  que lançam novo disco neste sábado (04).

Com uma produção que envolveu mais de 100 pessoas. “Tudo Que Não Quero Falar Sobre Amor” é composto por 12 faixas, e resultaram em 12 clipes, 13 diretores de vídeo, 7 produtores musicais, 6 lançamentos em 4 cidades diferentes.

Os produtores musicais responsáveis pelo disco foram Guilherme Kastrup (produtor e diretor artístico do disco “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares), Dante Ozzetti (compositor e produtor reconhecido nacionalmente), Rodrigo Lemos (Lemoskine e Naked Girls and Aeroplanes), Marcelo Fruet (produtor do Dingo Bells), Fred Teixeira (produtor curitibano), John Ulhoa (Pato Fu) e Pupillo (Nação Zumbi).

Já o projeto visual, que é composto pelos 12 clipes mencionados acima foram dirigidos pelos diretores Luciano Coelho, Gustavo Guimarães (ex-MTV e ex-Discovery Channel), Juliana Sanson, Bernardo Rocha, Carol Winter, Marta Souza, Erich GegenBauer, João Marcelo Gomes, Henrique Ribeiro, Carlon Hardt, Lucas Fernandes, Marina Vello e Paulo Biscaia.

Foto: Rony Hernandes

Foto: Rony Hernandes

[Tudo o que você (ou)vê]  Estrela, quem é Téo?

[Estrela Leminski ] Téo é um homem que não teme em se desconstruir e reconstruir todos is dias. Ele é inquieto, afetivo, pragmático, tem ideais coletivos e uma generosidade incrível. Um pai incrível. Meu parceiro em todos os sentidos.

[Tudo o que você (ou)vê] Téo, quem é Estrela?

[Téo Ruiz] Estrela é uma mulher decidida, poeta, compositora e cantora que sabe muito bem o que quer. Mãe, múltipla, por essas e por varias outras razoes estamos juntos ha 16 anos, tanto na vida quanto na musica.

[Tudo o que você (ou)vê] Vocês estão na reta final de lançamento do “Tudo o que não quero falar sobre amor”, conte-nos como foi o processo criativo para desenvolver esse trabalho

[Estrela Leminski / Téo Ruiz ] Estamos concebendo este projeto ha quase 2 anos. Chegamos à conclusão de que fazer mais um disco comum, digamos assim, especialmente nesse momento político e social conturbado que vivemos, iria contribuir muito pouco. Como musica e imagem hoje em dia mais do que nunca estão atreladas, percebemos que era o momento de fazer algo mais ousado. Gravar todos esses clipes, com tantos produtores e diretores diferentes foi uma vivencia muito intensa. Nos debruçamos sobre cada musica, cada ideia, cada proposta. Mais de 100 pessoas se envolveram no projeto como um todo, o que fez desse processo algo extremamente coletivo. Nos dois acabamos dirigindo toda a criação, musical, visual, mas existe muita contribuição, muitos olhares diferentes, o que achamos algo sensacional. Quando você coloca sua obra nas mãos de outra pessoa é um sinal de uma confiança e cumplicidade. É como se a gente estivesse em um centro cirúrgico durante todo esse tempo, e claro que teríamos que estar acompanhados de médicos, enfermeiros e anestesistas em quem a gente confia.

[Tudo o que você (ou)vê] Como foi a produção dos 12 clipes que fazem parte do disco?

[Estrela Leminski / Téo Ruiz ] Cada foi um processo bem diferente. Cada diretor propôs uma ideia, conduziu as gravações de uma forma totalmente diferente do outro. Com muita amizade e parceria, mas cada um dos diretores e diretoras trouxe sua visão, sua proposta e nós participamos de todos os clipes de alguma forma, a maioria atuando também, mas nem sempre. Aliás, deixamos todos os diretores bem a vontade para não aparecermos nos clipes se eles não quisessem, afinal não somos atores. Mas quase todos escolheram que a gente também atuasse, alguns mais outros menos, e as vezes de uma forma hitchcockiana. Cada produção foi uma vivencia diferente, mas sempre intensa. A diretriz era “ruído”, tanto na musica quanto nas imagens, e cada um entende isso de uma forma diferente, o que dá um colorido único para o projeto como um todo.

[Tudo o que você (ou)vê]  E em especial esses dois últimos dirigidos por Paulo Biscaia Filho?

[Estrela Leminski / Téo Ruiz ] O Biscaia é um diretor e um artista fantástico. Ele consegue unir o terror e o humor de uma forma muito simples, e era justamente isso que buscávamos nesse trabalho. Como já disse Abujamra, “complicado é ser simples, e é simples ser complicado”, e o Biscaia tem essa destreza. O clima dos dois sets foi muito leve, toda a equipe estava muito dentro da proposta e em sintonia, dando o melhor de si. “ É duro ter coração mole” é um brincadeira com a Área 51, onde houve experiências com alienígenas. Uma autópsia no coração de um alienígena. Em “Gostável” interpretamos um casal de serial killers, e de fato a direção do Biscaia levou a nossa atuação pra um lugar muito confortável, mesmo não sendo atores. Um terror simbólico, em que terminamos o projeto confirmando que, apesar de sermos um casal, não fazemos musica fofa. Pelo menos não só.

[Tudo o que você (ou)vê]  Estrela, qual a história por trás da faixa “Duro é ter Coração Mole”, homenagem a Itamar Assumpção?

[Estrela Leminski  ] Organizando o show e a exposição “Poeta Alice” vi que tinha essa letra nas coisas dela e estava anotado “música Itamar Assumpção”. Achei estranho porque não conhecia. Perguntei e ela disse que também não. A letra era boa demais pra ficar sem música. A Alice concordou mas falou que as únicas pessoas que poderiam musicar seria eu ou as filhas do Itamar. Fui mais rápida.

[Tudo o que você (ou)vê]  Qual a visão de vocês sobre a atual cena autoral curitibana?

[Estrela Leminski / Téo Ruiz ] Somos organizadores da Feira Internacional da Música do Sul (FIMS). E com isso observadores de tudo que acontece por aqui. Por um lado observamos uma diferença na cena como um todo porque agora os artistas querem conhecer uns aos outros. Temos a liberdade de fazer o som que a gente quiser pois não temos nenhum tipo de tradição ou folclore que nos une em uma identidade local. Temos nomes projetados individualmente assim como acontece na literatura ou no teatro. De qualquer forma gostamos muito do que é produzido.

[Tudo o que você (ou)vê]   O que tem ouvido ultimamente?

[Estrela Leminski ]  Aíla e Bruno Batista tenho ouvido no repeat. Também tenho ouvido Totonho e os Cabra, Mulamba, Rayssa Bittar,  Raissa Fayet, Diego Perin, Iara Rennó e Karol Conká.
[Téo Ruiz]  Tenho os cativos que ouço sempre como Jorge Drexler, Jamie Cullum, Caetano, Vítor Ramil, Mauricio Pereira, Carlos Careqa, e outros. Mas mais recentemente tenho escutado muito Bruno Batista, Baiana System, Francisco el Hombre, Alt-J e reouvindo outras coisas, como Gorillaz, Andre Abujamra e até Amy Winehouse e Charles Bradley.
Foto: Rony Hernandes

Foto: Rony Hernandes

 

Serviço

Lançamento “Tudo Que Não Quero Falar Sobre Amor”
Data: 04 de novembro
Local: Espaço Fantástico das Artes – Alameda Princesa Izabel, 465, São Francisco
Hora: a casa abre 18h
Valor: 1º lote R$ 20 com CD
Ponto de venda: Ornitorrinco Bar – R. Benjamin Constant, 400.
Link compra:  http://bit.ly/tudoquenaoquerofalarsobreamor
Mais informações no evento: https://www.facebook.com/events/516226288718533/

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